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A suposta censura a Rachel Sheherazade

09/05/2014 18:16

O SBT contratou nos últimos anos a âncora Rachel Sheherazade para apresentar o SBT Brasil e, além disso, comentar as notícias. Logo à jornalista começou a ganhar destaque com seus comentários. Ela diz o que muitos queriam falar. A opinião dela seria a mesma de um religioso fanático, um torcedor que diz que seu time é o melhor e pronto, de um pagodeiro que se diz odiar sertanejo ou até mesmo de uma pessoa que se revoltou com o carnaval por algum motivo e começou a fazer críticas pesadas.

Em abril de 2011, foi ao ar uma reportagem sobre a segunda colocada no processo seletivo da Pós-Graduação em Cultura e Territorialidade da Universidade Federal Fluminense com o projeto de dissertação intitulado “My pussy é poder”. Destaca a representação feminina através do funk no Rio de Janeiro, identidade, feminismo e indústria cultural. A autora do trabalho é Mariana Gomes , 24 anos, que deu entrevista a reportagem do SBT Brasil.

Ao final da reportagem, Rachel Sheherazade  começa  a tecer alfinetadas sobre o funk carioca “ fere seus ouvidos de morte” e representa o lixo das manifestações culturais. O que muitos não sabem, é que ela é fã do estilo Heavy Metal!  Preconceito?

 Entre vários outros comentários do tipo, no início do ano veio o de maior repercussão.  O caso dos jovens que detiveram um suposto assaltante, o agrediram e o deixaram nu e preso com uma trava de bicicleta. A âncora fez o seguinte comentário: “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível. O Estado é omisso, a polícia desmoralizada, a justiça é falha. O que resta ao cidadão de bem, que ainda por cima foi desmoralizado? Se defender, é claro”, disse.

Após isso veio a repercussão. No dia seguinte o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro emitiu uma carta contra os comentários feitos pela apresentadora. Nas redes sociais, muitos se manifestaram contra e outros a favor da jornalista. Depois de alguns dias, Rachel Sheherazade tentou se explicar ao vivo. Além de opiniões do tipo, ela ainda faz críticas ao governo, algo normal. À liberdade de expressão existe no Brasil. 

Lá vem a história da censura à jornalista.  Segundo a imprensa, o governo propôs suspender toda a verba publicitária que é repassada para o SBT, isso se a âncora continuasse com as opiniões. Acredito que seja os comentários preconceituosos e a estimulação ao ódio.  Contudo, nos últimos dias a apresentadora esteve afastada, em seguida retornou à bancada, porém, sem opinar após as notícias. Para muitos isso seria censura. Seria censura? Não! Se o motivo fosse as alfinetadas feitas ao governo, a verba publicitária já teria sido suspensa nos meios de comunicação que se posicionam ou criticam a presidente, no caso da TV Globo, revista Veja, Folha de São Paulo, Estadão e etc. 

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